Sócio: Telma Nogueira Oliveira

Criando conexões através das Mandalas

A Arte, desde muito cedo, me possibilitou trabalhar emoções, sentimentos, ideias e desejos com grupos do sagrado feminino, mulheres e meninas, ao longo dos anos, através do uso de mandala, sejam elas plásticas, literárias ou dançantes.

Independente do fazer que se escolha, trabalhar com as palavras, expressão corporal,com as cores, formas, linhas, materialidades diversas, quando deixamos nossa criatividade e imaginação agir, esta ação nos ajuda a resolver questões internas, para posteriormente,lidarmos com as questões externas que nos aflige.

Num momento de caos, medos, incertezas pelo qual estamos passando, diariamente,podemos perceber em relatos nas redes sociais, o quanto o fazer artístico e artesanal, tem ajudado pessoas a passar por esse período de isolamento social, insegurança e em alguns casos, de solidão, perceber o interior, quando esse através da Arte se torna mais palpável,proporciona a exploração do próprio “Eu” divino.

Jung considerava que o comportamento humano tem duas estruturas básicas de

consciência: a individual e a coletiva. Considerava que as mandalas, nos proporcionam o bem-estar, não apenas nas configurações desenhadas ou pintadas, mas também dançadas. As danças circulares nos proporcionam uma conexão com nosso íntimo, uma boa forma de criar uma primeira conexão, para ser aprofundada no trabalho.

O ato de trabalhar com mandalas, seja apenas colorindo, desenhando, pintando,

construindo através de materiais diversos, bidimensionais ou tridimensionais, é percebida como uma ação de ampla abrangência, num momento que necessitamos trabalhar com ointerno e externo de forma concisa e equilibrada, buscando paz interior e emanando, a mesma ao mundo,  a Dra. Marie Louise Von Franz especifica que o círculo é como um símbolodo self: “ele expressa a totalidade da psique em todos os seus aspectos, incluindo orelacionamento entre os homens e a natureza. ”

Através da Arteterapia tecemos nossas emoções chegando a considerações que nos levam do macro ao micro e vice-versa, criando assim a teia da vida.