Sou Maria da Graça, arteterapeuta.
Natural de Porto Alegre, onde também resido, cursei Filosofia na UFRGS em meados dos anos
70.O apreço pelas questões da Filosofia, entretanto, nunca me apartou do constante flerte com as Artes.
Em 1980, ingressei no instituto de Artes da UFRGS e só saí para ingressar, de novo, no Bacharelado de Desenho e Plástica da Universidade Federal de Santa Maria, cidade onde passei a residir.
Paralelamente, continuei como professora de Filosofia na rede pública, em meio a exposições coletivas, individuais e a publicação de alguns artigos e crônicas.
Em 2003, fui apresentada à Arteterapia e percebi o quanto essa proposta era um catalizador perfeito de todos meus fazeres.Estagiei no Presídio Regional de Santa Maria, levando a arteterapia a um grupo de mulheres que cumpria pena em regime fechado, como experiência vivencial de que a criatividade pode subsistir em meio ao confinamento.
Desde então, desenvolvo um trabalho de especial interesse nas questões femininas, buscando uma ampliação do olhar exigente trazido da filosofia, somado a necessária liberdade estética encontrada na arte.
Atuei no Espaço Aquarela de Arteterapia, da qual fui associada e na Secretaria de Saúde do Município de São Sepé em um projeto que visava ‘cuidar do cuidador’, estendido a enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e colaboradores.NosPSFs e CAPs da região, desenvolvi um trabalho nas comunidades, de apoio aos ambulatórios de tabagismo e dependentes químicos.
Ao longo desse percurso, percebi o quanto as manifestações artísticas são verdadeiros arquivos psíquicos, ricamente orquestrados com a questão somática e sobre os quais é indispensável nos debruçarmos.
Acredito firmemente que, de todas as capacidades humanas, a criatividade somada ao amor, é a pulsão mais transformadora.